Quando o Grupo dos 7 (G7) posou para a foto oficial na costa rochosa do Adriático, a imagem não representava líderes no auge de sua força política.
Quase todos os líderes presentes no luxuoso resort em Puglia enfrentam fraquezas em casa devido a eleições, escândalos ou perda de influência.
O sentimento anti-incumbente nas democracias ocidentais cria riscos elevados para a geopolítica global.
A reunião deste ano é amplamente ofuscada pelas vulnerabilidades políticas de seus membros, questionando a eficácia do G7.
Menos de uma semana após a vitória de partidos de extrema direita nas eleições europeias, o G7 se encontra em meio à ansiedade sobre o ressurgimento populista.
Durante um jantar em honra de Biden no Palácio do Eliseu, parlamentares franceses expressaram abertamente temores sobre uma possível vitória de Donald Trump.
O assessor de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, afirmou que os líderes continuarão focados nas tarefas, apesar dos ventos contrários políticos.
Preocupações sobre migração e a defesa da Ucrânia impulsionam a mudança à direita e são temas centrais da cúpula.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, participará e realizará uma coletiva conjunta com Biden.
Diplomatas estão finalizando planos para emprestar bilhões de dólares à Ucrânia para reconstruir sua infraestrutura devastada.
Biden apresentará um novo pacto de segurança bilateral com a Ucrânia, que pode ser desfeito por futuras administrações americanas.
Entre os líderes do G7, a anfitriã, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, parece estar em terreno político mais estável.
Meloni convidou líderes da Índia, Brasil, Turquia e Emirados Árabes Unidos para ampliar as discussões do G7.
Biden encontrou em Meloni uma aliada improvável na defesa da ajuda contínua à Ucrânia.
Meloni e Biden divergem em vários tópicos, com Meloni tendo raízes no pós-fascismo.
Os líderes da França e Alemanha enfrentam circunstâncias políticas muito diferentes.
Macron enfrenta eleições parlamentares que podem prejudicar sua capacidade de governar.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, convocou eleições em julho, nas quais seu partido deve perder poder.
Justin Trudeau é impopular e precisa de uma eleição geral no próximo ano. Fumio Kishida enfrenta um escândalo de corrupção que derrubou suas aprovações.
Biden está empatado com um rival que foi condenado por crimes e que ele acusa de minar a democracia.
Seja Trump ou Biden na próxima reunião do G7, há muitas incertezas sobre o futuro político global.