No domingo, 8 de janeiro, milhares de apoiadores do ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro invadiram a capital do Brasil.
Foi o momento 6 de janeiro do Brasil. E, como em Washington, DC, membros das forças de segurança foram cúmplices da invasão, permitindo que os manifestantes rompessem rapidamente suas linhas e saqueassem o prédio do Congresso, a Suprema Corte e o palácio presidencial.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu rapidamente, declarando uma intervenção federal na polícia de Brasília, que removeu os manifestantes dos prédios. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ordenou que todos os acampamentos pró-Bolsonaro fossem dissolvidos em 24 horas. Os apoiadores do ex-presidente se reuniram fora do quartel militar, pedindo que as forças armadas interviessem e instalassem Bolsonaro como presidente.
Tanto a Suprema Corte quanto o Senado iniciaram investigações sobre os organizadores e financiadores da invasão. Quase 1.500 pessoas já foram presas, incluindo o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, responsável pela segurança em Brasília na semana que antecedeu a invasão. O governador de Brasília, Ibaneis Rocha, está suspenso por três meses.
Líderes de todo o espectro político denunciaram a invasão e apoiaram Lula. Isso inclui até aliados de Bolsonaro, como o chefe da Câmara, Arthur Lira, e o bilionário Luciano Hang.
Uma semana após o atentado, Lula parece ter renovado o mandato popular. E Bolsonaro está mais isolado do que nunca. O ex-presidente partiu para a Flórida dois dias antes da posse de Lula. Seu suporte online está no nível mais baixo de todos os tempos. Noventa e três por cento dos brasileiros condenam o ataque à capital.