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Venezuelanos vão às urnas em referendo para redefinir fronteira com a Guiana

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Venezuelanos vão às urnas em referendo para redefinir fronteira com a Guiana

Disputa centenária envolve área rica em recursos minerais e petróleo
Este mapa apresenta uma visão de satélite da América do Sul, com os países Venezuela, Brasil, Suriname e Guiana destacados em amarelo claro. Os nomes dos países estão indicados em texto branco sobre o fundo azul escuro que representa o oceano.
Mapa da América do Sul com destaque para os países Venezuela, Brasil, Suriname e Guiana.

No próximo domingo (3), os eleitores venezuelanos participarão de um referendo que pode redefinir a fronteira entre a Venezuela e a Guiana, intensificando uma disputa territorial que perdura por décadas. A controvérsia envolve uma área de 160 mil quilômetros quadrados a oeste do Rio Essequibo, representando aproximadamente 75% do território guianês de 215 mil km².

A região em questão, conhecida como Guiana Essequiba, tem sido motivo de conflito desde a independência da Guiana em 1966, quando assumiu o controle da área rica em minérios e pedras preciosas. Os britânicos anteriormente governavam a região desde o século XIX, alegando direitos baseados em acordos históricos.

A Venezuela, por sua vez, argumenta que o território pertencia ao Império Espanhol, antes de ser ocupado pelos britânicos. O referendo incluirá cinco perguntas aos eleitores, abordando desde a rejeição da fronteira atual até a criação do estado de Guiana Essequiba e a não aceitação da jurisdição da Corte Internacional de Justiça (ICJ).

A Guiana, por sua vez, classifica o referendo como “provocativo, ilegal, inválido e sem efeito legal internacional”. O presidente guianês, Irfaan Ali, anunciou medidas de segurança reforçadas na fronteira e denunciou as ações da Venezuela como agressivas e infundadas.

O governo brasileiro, que compartilha fronteira com a área disputada por meio do estado de Roraima, busca uma solução diplomática para o impasse. O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, destacou a importância de resoluções pacíficas durante uma reunião de chanceleres e ministros da Defesa da América do Sul em Brasília.

A disputa territorial entre Venezuela e Guiana ganha destaque novamente, à medida que os venezuelanos se preparam para expressar sua opinião por meio do referendo. A região em questão, além de sua relevância histórica, é estratégica devido à descoberta recente de grandes reservas de petróleo. A situação continua sendo acompanhada de perto pela comunidade internacional, enquanto o Brasil busca uma solução pacífica para o impasse.

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