O Ministério Público de São Paulo lançou uma grande operação na manhã desta terça-feira para desmantelar um grupo criminoso, ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), suspeito de fraudar licitações públicas em diversos municípios do estado. A operação já resultou na prisão de três vereadores e mais 11 pessoas. Um dos alvos ainda está foragido.
Os vereadores presos foram identificados como Ricardo Queixão (PSD) de Cubatão, Flavio Batista de Souza (Podemos) de Ferraz de Vasconcelos, e Luiz Carlos Alves Dias (MDB) de Santa Isabel. A investigação aponta que o grupo operava por meio de empresas que simulavam concorrências para obter contratos públicos em prefeituras e câmaras municipais, principalmente para a contratação de mão de obra terceirizada.
Até o momento, foram cumpridos todos os 42 mandados de busca e apreensão e 14 dos 15 mandados de prisão temporária. Os contratos investigados envolvem mais de R$ 200 milhões. Os municípios afetados incluem Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri, Itatiba, entre outros.
Esta operação segue uma outra ação chamada ‘Operação Fim da Linha’, que também visou desarticular esquemas ligados ao PCC. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), criticou as acusações de negligência nas concessões de ônibus, afirmando que a prefeitura não é responsável por investigações criminais, que deveriam ser realizadas pelo Ministério Público e pela Polícia Civil.