Neste domingo (9), manifestantes protestaram na praia de Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2022, conhecida como PEC das Praias.
A PEC visa modificar a Constituição Federal, estabelecendo novas diretrizes para a propriedade e gestão dos terrenos de marinha, localizados numa faixa de 33 metros para o interior a partir da linha de maré alta.
Os manifestantes usaram cartazes, gritaram slogans como “a praia é do povo”, recolheram assinaturas contra a proposta e isolaram parte da areia de Ipanema com fita preta e amarela para simular uma “privatização” da praia.
O deputado estadual Carlos Minc (PSB-RJ), um dos organizadores do protesto, afirmou que a PEC representa um horror, transferindo milhares de quilômetros quadrados do Poder Público para o privado, com impactos ambientais e sociais negativos.
Minc destacou que a faixa do mar é vulnerável, com o mar subindo e ameaçando restingas e mangues. Ele criticou a privatização das áreas contíguas à praia, que restringiria o acesso público.
Um grupo de pescadores de Sepetiba também participou do protesto, preocupados com a possível aprovação da PEC e seu impacto na pesca e sustento das famílias que dependem dessas áreas.
Cláudio Nei, pescador há mais de 40 anos, expressou sua preocupação, afirmando que a PEC prejudicará os pescadores, que precisam dessas áreas para pescar e garantir seu sustento.