A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (22) a Operação Sequaz, que visa desarticular uma organização criminosa que planejava ataques contra servidores e autoridades públicas, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro. Entre os alvos dos criminosos estavam o senador Sergio Moro (União-PR), o promotor de Justiça Lincoln Gakiya e outras pessoas ligadas ao combate ao crime organizado.
Segundo a PF, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea em pelo menos cinco estados: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Cerca de 120 policiais federais cumpriram 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária nessas unidades da Federação.
As investigações apontaram que os principais integrantes da organização criminosa se encontravam nos estados de São Paulo e Paraná. Eles seriam lideranças da maior facção do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC), responsável por diversos crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e homicídios.
Entre os presos na operação estão Patric Velinton Salomão, conhecido como “Forjado”, Janeferson Aparecido Mariano Gomes, Valter Lima Nascimento, o “Guinho”, Reginaldo Oliveira de Sousa, o “Rê”, e Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan, o “El Sid”. Eles foram encaminhados para a Superintendência Regional da PF em São Paulo.
Em nota, a PF informou que a operação foi batizada de Sequaz em referência à qualidade ou característica do indivíduo que é justo ou imparcial na aplicação das leis. O objetivo é ressaltar o compromisso institucional com a defesa do Estado Democrático de Direito.
Após a divulgação da operação, Moro agradeceu aos policiais envolvidos no trabalho e disse que faria um pronunciamento na tribuna do Senado na tarde desta quarta-feira. Ele afirmou que era um dos alvos do plano de retaliação do PCC por ter transferido vários chefes da facção para o sistema penitenciário federal quando era ministro da Justiça e Segurança Pública.