Na terça-feira (23), o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu publicamente a responsabilidade do seu país pelos crimes cometidos durante a era colonial, incluindo massacres a indígenas e a escravidão de milhões de africanos. Rebelo de Sousa destacou a necessidade de Portugal assumir os custos dessas ações, mencionando a punição dos responsáveis e a devolução de bens saqueados.
Demanda por Ações Reparatórias:
A Ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sonia Guajajara, em resposta às declarações do presidente português, enfatizou a importância de acompanharem tais reconhecimentos com medidas reparatórias tangíveis que beneficiem as populações negras e indígenas. Guajajara destacou a necessidade de políticas sérias contra racismo e xenofobia, problemas que ainda afetam muitos brasileiros em Portugal.
Avanços na Agenda Étnico-Racial:
Durante um pronunciamento na quinta-feira (25), Guajajara salientou que o reconhecimento de Portugal abre um precedente inédito para o avanço de uma agenda de igualdade étnico-racial no âmbito internacional. A ministra reiterou a disposição do governo brasileiro em dialogar e contribuir na construção de ações de valorização e reparação que possam ser implementadas por Portugal.